Você compraria um carro usado de um dirigente petista?

Vi a posse de Dilma Rousseff para seu segundo mandato, devidamente aboletada num Rolls Royce, símbolo máximo do capitalismo que ela e o PT dizem abominar e fiquei pensando não nela, mas naquele belíssimo carro, encafifado com a pergunta: alguém compraria um carro usado de um petista?

Imagino aqui pessoas como Lula, Dilma, Ruy Falcão, José Dirceu, Genoíno, Gilberto Carvalho, Mercadante, Martha Suplicy, Gleisi Hoffman, Maria do Rosário, e outras sumidades (e muitas nulidades) da estrela socialista, cada um tentando vender seus respectivos veículos usados.

Alguém compraria de olhos fechados, confiando apenas na reputação dos distintos vendedores? Nem vou entrar na seara da base aliada, com Renans, Sarneys, Jaders, Malufs e outras personalidades que aí seria demais...

Vamos ficar só com os petistas. Aqueles de carteirinha, filiados, detentores do poder de mando no partido e hoje donos da maior parcela do PIB nacional, seja via governo ou via empresas anexadas ao capitalismo de compadrio que hoje (e por enquanto) se pratica no Brasil.

A resposta a essa pergunta é muito reveladora e cada um pode formular as mais diversas justificativas para aceitar ou rejeitar uma compra que se baseasse unicamente na reputação dos ilustre petistas mencionados ou de muitos outros que não estão nessa lista. Mas o que me chamou mesmo a atenção foi o que a resposta falaria sobre mim mesmo, meus valores, meus conceitos e minha definição ética, com seus limites e princípios.

E fiquei pensando, em paralelo, numa outra situação. Você compraria uma carro usado baseado unicamente na reputação e na confiança em gente como Reinaldo Azevedo, Rodrigo Constantino, Olavo de Carvalho, Augusto Nunes, Alvaro Dias, Jair Bolsonaro, que são exemplos de críticos do PT?

A resposta não vai acrescentar nada ao que eu sei sobre o PT, mas vai dizer muito sobre você.

Adriano Macêdo